PORQUÊS

Por que o céu é azul

E a mata, verde?

Por que as nuvens são brancas

E o sol amarelo?

Por que a gente anda de chinelo?

Por que escurece de noite?

Por que fica claro de dia?

Por que a uva branca é verde?

Por que se ri de alegria?

Por que no Japão

Os japoneses não ficam

De ponta a cabeça?

Por que a água doce

Não tem gosto de açúcar?

Mas água salgada

Tem gosto de sal?

Pra quê pijama tem bolso?

Por que se chupa chupeta?

Por que o palhaço se pinta?

Por que o saci é perneta?

                          Lúcio Torres

O que move a filosofia são as perguntas.

FILOSOFIA E ARTE, TUDO A VER?

          O que é arte? O que é o belo? O que é feio? Perguntas como estas trazem por si só uma subjetividade explícita, variando a resposta de acordo com a cultura ou sociedade na qual estão inseridos os sujeitos envolvidos.
          Preocupada com esta questão, a Filosofia da Arte ou Estética é o ramo da Filosofia que procura compreender esta enigmática característica que acompanha o homem desde os primórdios mais distantes.
          Diferentes são os conceitos existentes para esta questão, os quais não serão abordados aqui, antes serão demonstradas as várias formas de manifestações artísticas e maneiras de ver o mundo, ou a si mesmo, dos alunos do 6º ano, que estão se descobrindo como artistas e se apropriando do conceito de arte, aos poucos.
          Inspirados na arte cubista de Pablo Picasso, cada aluno foi desafiado a fazer um autorretrato cubista que mostrasse como ele se via ou era visto pelo mundo, de acordo com os dois "eu" presentes em nós. O resultado pode ser visto nas obras a seguir, diversas, dinâmicas, únicas e particulares, como cada ser humano.

Ana Cecíla - 6ºD

Áxon - 6ºD

Gabriel - 6ºD

Giovanna Karla - 6ºC

Guilherme - 6ºD

Ingrid - 6ºD

Lívia - 6ºD

Rafael Alberto - 6ºD

Lorenna - 6ºD

Giovanna Lorena - 6ºD

Izabella Caroline - 6ºB

Raiane Lúcia - 6ºD

O professor também é gente!

Vivian Freitas - 6ºD

Bárbara Espósito - 6ºC

Francisco - 6ºD

Sarah - 6ºD

Gabriela Espósito - 6ºC

Raiane Lúcia - 6ºD

Pequenos Poetas e Filósofos

Caros alunos, o espaço está aberto para vocês. Exercitem o pensamento e se expressem através de cartas, poemas, desenhos, enfim, sigam o exemplo dos colegas abaixo, afinal, para filosofar não precisa ter idade e todos têm algo para refletir. Dúvidas, questionamentos, incertezas, meditações, respostas, sonhos, são um fértil campo para manifestações artísticas. É só tentar!     

       A VIDA

"Nesta vida

Tem que ter uma certa medida

Para não ser dividida

Com sua morte detida"

            Maria Eduarda Bérgamo - 6ºA

"O tempo muda

Nós também.

Tudo muda!

A cada segundo aprendemos coisas novas.

Seguimos o compasso das velas, do tempo.

E não seremos mais os mesmos, nem o tempo.

            Israel Lucena Torress - 8ºD



 A CANÇÃO DA NATUREZA
(Uma releitura do poema "Canção do Exílo", do poeta Romântico Gonçalves Dias)

Minha terra tem Natureza
Onde canta o sabiá.
A natureza que aqui cresce
Não cresce como lá.

Nosso campo tem mais flores,
Nossas florestas têm  mais vida,
Nossas vidas mais orgulhos.

Pensando sozinho, à noite,
Mais orgulho eu encontro lá.
Minha terra tem Natureza
Onde canta o sabiá.

Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte lá.
Sem que desfrute do meu orgulho
Que eu não encontro por aqui.
Sem que ainda veja a Natureza
Onde canta o sabiá.

              Ingrid Cavalcanti - 6ºD



     SEM NOÇÃO

O lápis amarelo tinha fé no amor,
Mas, com seu peito em frenesi
Sentia calor.

Eu, com beribéri, trazia esperança,
Fome e agonia.
E um sorriso em abundância.

O homem queria comer
Mas só havia um pinto.
ele era desmantelado
Usava uma calça e um cinto.

A menina era perfeita.
Tinha tudo que queria.
Suas atitudes ream estreitas
E quem mandava era sua tia.

        Lucas Mendonça e Jonas - 8ªD

          

     MINHA TERRA 

 Minha terra tem mais vida
 Quando estou lá 
 Apesar da violência 
 Gosto de lá desde nascença 

 Apesar de ter crianças 
 Em locais que não devem estar 
 Quero ir pra lá 
 Pra ensinar onde devem ficar 

 Sei que lá não tem justiça 
 Mas quero... Mas quero lutar por ela 
 Para isso tenho que estar lá 
 Não permita Deus 
 Que eu não volte pra lá

 Pois tenho que lutar 
 Por tudo que quero 

               Raiane Lúcia Cruz de Oliveira Torres - 6°D

QUAL A MARCA DO SEU TÊNIS ?

Muitas vezes somos levados a acreditar que temos que "ter" ou "fazer" as mesmas coisas que as outras pessoas. Ter os mesmos objetos que a tecnologia nos oferece - mesmo que não precisemos deles, que não sejam necessários; vestir uma roupa ou calçar um tênis cuja marca seja famosa e aceita pelo grupo ao qual pertencemos como detentora de "status" para quem a possui.

     Entretanto , quase nunca nos perguntamos sobre a real nessidade destes bens em nossa vida: será que é a roupa que visto, o tênis que uso, os lugares que frequento, enfim, o que tenho, o que tenho, o que tenho... Não seria mais importante na vida o "ser" ou o "possuir " apenas  o que satisfizesse às minhas necessidades?

       Lembra-me a fábula de La Fontaine " O galo e a pérola " cuja moral é  a seguinte: a cada coisa o seu devido valor. Devemos descobrir a pensar o que realmente é de valor para nos, se aquilo que nos faz igual aos outros, ou aquilo nos diferencia diante do que realmente precisamos?

PERCEPÇOES E ENGANOS

Às vezes nos enganam as percepções, como os ladrilhos duma  piscina a se moverem sob o  efeito da água. Assim é que percebemos quantos desencontros podem existir por falta , muitas vezes de um maior conhecimento sobre o outro ou um pouco de boa vontade para tal.

A brevidade da vida não nos permite - ou não deveria - dispô-la entre futilidades, orgulhos e outras coisas mais que nos afastam de sua verdadeira essência que é a felicidade à qual estamos todos destinados, penso eu . Embora , de fato, muitos a percam por questões pequenas diante de sua grandiosidade .

As pessoas têm empatia ou antipatia gratuitas automaticamente destituídas  quando se conhecem e percebem que o outro não era o que pensavam, ou como pensávamos, mas diferentes dos nossos conceitos, muitos dos quais equivocados e perpetuados por atitudes de defesa ou orgulho que nos são peculiares em nossas fraquezas , mas que podem superados com atitudes austeras que devolvem a humanidade perdida pelos percalços da vida.

Devemos estar preparados para os revezes e surpresas que nos aguardam quando menos esperamos - por isso são surpresas - em nossa curta existência.

PRA QUE SERVE FILOSOFIA?

       Pessoal:

      Observem essa tirinha. Vocês conseguem perceber o que ela tem a ver com Filosofia? Parece que Manolito, amiguinho de Mafalda anda preocupado com coisas que parecem mais práticas e presentes no nosso dia a dia, como dinheiro, bens materiais, um celular novo ou uma roupa da moda.

      Mafalda, entretanto, parece ver além das coisas que parecem óbvias ou práticas. Ela se preocupa com outros tipos de valores os quais, muitas vezes, são desprezados pela maioria. Por que isso acontece? Por que, segundo o filósofo Immanuel Kant, o homem que se deixa levar pelo senso comum vive na ignorância, desconhece o verdadeiro valor das coisas. Ele só consegue se libertar deste estado quando busca o "esclarecimento". Mas, para isso deve existir uma vontade, um desejo que resulte numa prática que permita o homem sair da "menoridade" que Kant chamava o estado no qual o homem é incapaz de usar sua razão sem a interferência de outros que pensem por ele.

                                       "Tenha coragem de fazer uso do seu próprio entendimento"

                                                                                                (Immanuel Kant)

ASSIM A HUMANIDADE

 Pisam nas pessoas impiedosamente.

 Pensa quem pisou que pode ser perdoado

 Simplesmente por ter pedido perdão,

 Que embora a quem peça não se deva negar,

 Pode quem foi pisado, porém não querer dar.

Os homens podem ser prepotentes.

Planejam mil formas de se suplantarem

Uns aos outros nos seus planos de dominação,

Que proporcionam poder a quem participa

Desse cruel partido piegas pelego.

E quando agem com perfídia,

Praticamente perdem-se no absurdo

De não conseguirem permanecer na razão.

São os homens pérfidos perdidos!

De pobre soberba que de si apodera-se.

Pobre ser desfigurado de si próprio,

Que ao próximo não olha com carinho.

Peleja em vão na existência perturbada

De uma vida também pobre e pífia

Que carece de princípios.

Lúcio Torres

(Poesia em três gêneros.EDA- FBN. Pág.9. Reg. nº549.582)

                                                              BULLYING

          O bullying, termo originado do inglês que poderia ser traduzido para o português como "valentão", é uma atitude covarde praticada quase sempre por um grupo contra uma pessoa indefesa.

          As raízes desse comportamento está no preconceito e na incapacidade de algumas pessoas aceitarem as diferenças. Ora, somos todos iguais em nossas diferenças. Parece complicado? Não. Todos somos iguais enquanto seres humanos, porém somos diferentes, quer seja fisicamente, culturalmente, religiosamente, socialmente, etc.

          Essa incapacidade de se lidar com as diferenças provém sobretudo do conceito ultrapassado da existência de várias raças humanas: o negro, o branco, o amarelo, o vermelho. Na verdade só existe uma raça, a raça humana, composta por indivíduos que são diferentes entre si, mas, que o fato de serem diferentes não os coloca em situação de superioridade ou inferioridade em relação aos demais.

         O preconceito surge segundo Friedrich Nietzsche porque o homem é um ser movido por paixões, e essas paixões podem desencadear reações irracionais. Já Norberto Bobbio, filósofo contemporâneo, diz que as raízes do preconceito estão nas opiniões falsas acolhidas pela tradição de determinado povo que não se sustenta, não possui argumentação, o senso comum, que cria estereótipos (modelos), espécie de imagens mentais padronizadas. quem não possui este modelo é passível de sofrer diversas formas de preconceito, como o bullying.