domingo, 28 de abril de 2013

O MITO DA CAVERNA

Platão, um dos maiores filósofos da Grécia Antiga, acreditava que existiam dois mundos: aquele que nós vemos, que ele chamou de mundo sensível, e outro que só existe no campo das ideias. Este seria o mundo verdadeiro, somente alcançado por aquele que se libertasse da prisão a qual está submetido, ou seja, o mundo que estamos acostumados a ver. Para explicar melhor ele usou o chamado "Mito da Caverna" em seu livro  "A República", segundo o qual todos vivemos como pessoas presas em uma caverna, acorrentadas umas às outras de modo que só podem olhar para frente, o fundo ou a parede da caverna. Atrás dessas pessoas teria uma luz como que vinda de uma fogueira. Entre elas e a luz, o mundo real, das ideias: homens, animais, estatuetas carregadas, passavam sobre uma espécie de subida e suas sombras eram projetadas na parede da caverna. Os prisioneiros só viam estas sombras. Elas eram o mundo que conheciam.
Porém, dizia Platão, imaginemos que um prisioneiro se liberte e saia da caverna. Depois de algum tempo necessário para acostumar a vista à luz - como quando nós passamos muito tempo nó escuro e saímos ao sol e sentimos dor em nossos olhos - este perceberia que existe outro mundo lá fora, bem mais interessante e diverso que o que imaginava quando preso na caverna.
Pois bem! O ex-prisioneiro, querendo que os outros companheiros também conhecessem a verdade, volta à caverna e sente muita resistência daqueles que ainda estão acorrentados, acomodados em seu próprio mundo, do qual não querem sair.
Platão chama a este que se libertou da escuridão da caverna de "filósofo". Interessante é o fato de que o filósofo não pretende guardar sua descoberta para si. Ao invés, ele quer que os outros também compartilhem dela. Os filósofos são assim. Porém nem sempre são compreendidos, não é verdade?
Para ilustrar o mito de maneira mais agradável, trago abaixo a história em quadrinhos "As sombras da vida", com o personagem Piteco, de Maurício de Souza, que fala justamente desta alegoria, "O mito da caverna", de Platão.



2 comentários:

  1. É mesmo ... tem muitas pessoas que não creem na verdade , nas coisas boas :|
    A filosofia busca isso , a verdade , a realidade , não coisas falsas ! :D
    Ótima postagem ^.^'

    Ah , professor , eu sou seu aluno do 6° D :P

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  2. Ótima história!!
    Precisamos enxergar a verdadeira luz que reflete nossa vida do que viver na escuridão do mundo sem saber o que realmente é VIVER.

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