O MITO DA CAVERNA

Platão, um dos maiores filósofos da Grécia Antiga, acreditava que existiam dois mundos: aquele que nós vemos, que ele chamou de mundo sensível, e outro que só existe no campo das ideias. Este seria o mundo verdadeiro, somente alcançado por aquele que se libertasse da prisão a qual está submetido, ou seja, o mundo que estamos acostumados a ver. Para explicar melhor ele usou o chamado "Mito da Caverna" em seu livro  "A República", segundo o qual todos vivemos como pessoas presas em uma caverna, acorrentadas umas às outras de modo que só podem olhar para frente, o fundo ou a parede da caverna. Atrás dessas pessoas teria uma luz como que vinda de uma fogueira. Entre elas e a luz, o mundo real, das ideias: homens, animais, estatuetas carregadas, passavam sobre uma espécie de subida e suas sombras eram projetadas na parede da caverna. Os prisioneiros só viam estas sombras. Elas eram o mundo que conheciam.
Porém, dizia Platão, imaginemos que um prisioneiro se liberte e saia da caverna. Depois de algum tempo necessário para acostumar a vista à luz - como quando nós passamos muito tempo nó escuro e saímos ao sol e sentimos dor em nossos olhos - este perceberia que existe outro mundo lá fora, bem mais interessante e diverso que o que imaginava quando preso na caverna.
Pois bem! O ex-prisioneiro, querendo que os outros companheiros também conhecessem a verdade, volta à caverna e sente muita resistência daqueles que ainda estão acorrentados, acomodados em seu próprio mundo, do qual não querem sair.
Platão chama a este que se libertou da escuridão da caverna de "filósofo". Interessante é o fato de que o filósofo não pretende guardar sua descoberta para si. Ao invés, ele quer que os outros também compartilhem dela. Os filósofos são assim. Porém nem sempre são compreendidos, não é verdade?
Para ilustrar o mito de maneira mais agradável, trago abaixo a história em quadrinhos "As sombras da vida", com o personagem Piteco, de Maurício de Souza, que fala justamente desta alegoria, "O mito da caverna", de Platão.

 

FILOSOFIA, UM CAMPO DE SABER INVESTIGATIVO

Ao olhar para a imagem abaixo você seria capaz de afirmar com certeza se ela corresponde ao nascer ou ao pôr do sol? Talvez até você se arriscasse a dizer que se trata do pôr do sol. Sabe por quê? Porque estará se deixando levar pelo senso comum, já que é mais comum se tirar foro do pôr do sol ao invés do nascer.
Na filosofia não é assim que funciona, aliás para ela não há nada mais danoso do que o senso comum, que faz com que todos pensem da mesma maneira.
Agora, se você quiser saber de uma maneira racional se a foto trata-se da aurora ou do crepúsculo, precisará de algumas informações adicionais obtidas através de perguntas. Será então útil saber a que horas a foto foi tirada ou os pontos cardeais da mesma. Somente assim terá a certeza de que precisa. Isto se chama Investigação filosófica pela qual os filósofos fazem uso de determinado método para chegarem a alguma conclusão. Mas, não precisa ser filósofo para pensar - filósofo formado em filosofia, digo eu - outro engano do senso comum incutido nas pessoas. Então, vamos pensar!?

PENSAMENTOS

        O ato de pensar e o uso da razão são a base da filosofia. Consequentemente, os "pensamentos", pequenas frases que levam os que as leem a meditar e refletir, constante entre os filósofos de todas as épocas, muitas vezes, confundem-se com um Imperativo Categórico, ou seja, uma afirmação incondicional, espécie de lema a ser seguido, tanto pelo filósofo quanto pelos demais. Assim é que frases como "só sei que nada sei" (Sócrates), "Penso, logo existo" (Descartes), "O homem está condenado a ser livre" (Sartre), "Tudo muda exceto a Mudança" (Heráclito), são importantes na medida em que nos levam a transcender o limite do mundo visível.

         Defendem não só o que pensam o filósofos, mas abrem um leque de possibilidades a serem exploradas por todos e como que marcam e resumem as principais dúvidas, certezas e questionamentos pelos quais passam os homens em sua existência.

       

"Às vezes penso que estou pensando e, quando acabo de pensar, fico pensando no que pensei"

"Eu só digo uma coisa: eu não digo nada! E digo mais: eu só digo isso!"

                                                                                    Luana Moura - 8ºB

"Uma vida não questionada não merece ser vivida"  

                                                                               Modificado por Maria Luisa

O QUE É FILOSOFIA?

Por Raiane Lúcia - 6°D
Filosofia não tem significado, pois o que tem é o termo "filosofar". Filosofar é entrarmos em outro mundo, em outro lugar. Se sintonizar nesse local e procurar as respostas para as perguntas não comuns que nos fazemos; viajarmos para um lugar só nosso para facilitar a sintonia e nos concentrarmos naquilo que estamos procurando.